segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vamos dar de nossa pobreza: um missionário para Angola

Avaliamos positivamente, em outubro passado, uma das prioridades de 2008 que foi a Ação Missionária. Ela continua em 2009, agora integrando a prioridade da Evangelização. Apuramos que tem havido um crescimento em nossa preocupação missionária: estamos assumindo melhor as Romarias de Juazeiro, há um crescente envolvimento dos jovens nas Colônias de Férias, os formandos estão se comprometendo com semanas missionárias em comunidades carentes, houve contatos com comunidades indígenas no norte e na Bahia, formou-se ao menos um grupo missionário com alunos... A dimensão missionária começa a ter um brilho maior entre nós, graças a Deus.
Despertar o coração missionário é tocar em uma corda sensível do coração salesiano. Nossa predileção pelos jovens pobres (elemento integrante do carisma salesiano) faz-se compromisso concreto na medida em que crescemos em espírito missionário.
No mês passado, recebemos uma carta do Conselheiro para as missões, o Pe. Klement Václav, já em preparação da Expedição Missionária de 2009. O Reitor Mor, ao enviar o grupo deste ano, na Basílica de Turim, pediu “uma extraordinária generosidade missionária” para a expedição do 150º aniversário do nascimento da Congregação. A orientação do Superior Geral é que cada Inspetoria ofereça ao menos um missionário para esta ocasião. O pedido dá cumprimento ao que escrevemos no CG26: “cada Inspetoria promova o espírito missionário, coloque generosamente à disposição do Reitor Mor pessoal salesiano para as missões ad gentes”. (n. 49). Comentou o Pe. Klement em sua carta: “Seguramente, a generosidade missionária ad gentes é a mais crível expressão da disponibilidade à missão salesiana”. Na carta, o conselheiro dá orientações sobre como orientar e discernir as vocações missionárias ad gentes.
Nos últimos dias, fui surpreendido por um pedido do Reitor Mor para que liberasse o Pe. Luiz De Liberali para ser enviado às missões em Angola. É que ele escreveu ao Pe. Pascual Chávez colocando-se disponível. Entre outras coisas o Reitor me escreveu: “P. Luiz, conforme expressou em sua carta, amadureceu esta escolha no Capítulo Geral 26, em que participou como tradutor, e onde sentiu várias vezes apelos à paixão apostólica, diante da urgência de evangelizar em novas fronteiras, onde nos esperam os jovens mais pobres e necessitados. Ele está consciente de que no Nordeste do Brasil há ainda muita necessidade. Todavia ele tem razão quando diz que todas as Inspetorias devem dar da própria pobreza, com a lógica do Evangelho, e responder assim à minha iniciativa de enviar, em 2009, uma grande expedição missionária por ocasião do 150º aniversário da fundação da Congregação e para a qual cada Inspetoria é solicitada a enviar ao menos um irmão”.
É claro que o Pe. Luiz pensava na expedição proposta para 2009. Mas, o Reitor Mor, movido pelas necessidades em Angola, o convocava para final de janeiro próximo ou início de fevereiro. Confesso que fiquei assustado e temeroso com esta possível saída do Pe. Luiz. Ele ocupa um cargo central, de grandíssima importância na vida da Inspetoria, como delegado da pastoral juvenil, além de outras tarefas na comunicação social e em Caetés. Escrevi então ao Reitor Mor expondo nossa situação e sugerindo que ele fosse enviado em 2010.
Diante das necessidades em Angola, colocadas pelo Pe. Pascual, não pude não concordar. Referiu-me o superior que a Visitadoria de Angola perdeu boas lideranças com a nomeação de dois bispos (Pe. Edmundo Valenzuela e P. Tirso Blanco) e a eleição do inspetor como Conselheiro Regional para a África (P. Guillermo Basañes). “A situação de Angola não pode esperar”, escreveu-me o Reitor. E mais: “Aos pobres deve-se dar sempre com generosidade e o Senhor nos saberá recompensar. Te peço, pois, que com todo o sacrifício que supõe a ti e à Inspetoria, liberes o Pe. Luiz no final deste ano”. Sendo assim, respondi positivamente, informando que estamos dando de nossa pobreza, tirando do nosso melhor.
As palavras com que me dirigi ao Reitor Mor, ditas em nome de todos os irmãos, são também de gratidão ao Pe. Luiz pelos seus 18 anos de serviço à missão no Nordeste: “Acolho com gratidão a Deus o dom da vocação missionária deste irmão generoso e capaz, e a acolhida igualmente generosa do nosso Reitor Mor em favor da Visitadoria de Angola. Damos do pouco que temos. Damos com alegria em favor da juventude pobre de nossa Inspetoria irmã e em atenção aos irmãos que lá labutam com dedicação missionária. Vou me empenhar para que a Inspetoria verdadeiramente sinta esta partida missionária como sua, dando de nossa pobreza, confiantes na Providência Divina que não faltará a esta região do Brasil com bons, santos e numerosos salesianos”.
O Reitor Mor respondeu: “Parece-me muito bom quanto disseste sobre empenhar-te para que a Inspetoria entenda esta partida do Pe. Luiz De Liberali como uma participação da Inspetoria do Recife na extraordinária expedição missionária em ocasião dos 150º aniversário de fundação da Congregação Salesiana. Todos devemos dar da nossa pobreza e o Senhor pagará com generosidade e magnanimidade”. Além disso, Pe. Pascual nos fez uma promessa: na expedição de setembro, destinará um ou dois jovens missionários para o Nordeste. E completou: “O Senhor pagará a vocês com abundância de vocações”. Assim seja!

Pe. João Carlos - Inspetor

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ULTIMA ETAPA DO CURSO DE ASSESSORES

Nos dias 08 e 09 deste mês foi realizado o oitavo e último encontro do Curso de assessores promovido pela Inspetoria Salesiana do Nordeste. O evento aconteceu na Chácara São Miguel, em Aldeia (Camaragibe - PE) e contou com a presença de 20 integrantes.
Durante o encontro, os participantes tiveram oportunidade de mostrar seus trabalhos, planejamentos e partilhar experiências. O lazer e as práticas religiosas, como a reza do terço e a celebração eucarística foram vivenciadas com muita comunhão e alegria.
No domingo, após a missa, foi feita a entrega dos certificados e uma avaliação de todo curso, no geral, muito positiva.