sábado, 31 de março de 2012

Reunião de Conselho da AJS - NE

Nos dias 24 e 25 de março, várias lideranças do Nordeste se reuniram para mais uma reunião inspetorial do conselho da AJS. O encontro aconteceu no INSAF (Instituto Salesiano de Filosofia) em Bongi, Recife/PE. Pe. Deyvson Soares (delegado da AJS), apresentou uma programação onde todos puderam expor suas opiniões e sugestões para o bom andamento da Articulação.

Com acolhida e dinâmica foi dado início ao encontro, em seguida houve a celebração da Santa Missa. No auditório o tema abordado foi à carta do Reitor-mor aos jovens, logo mais cada representante partilhou experiências de sua casa, falando um pouco da situação vivida na AJS local.

Depois do almoço o assunto foi: AJS – ideal x real, Pe. Deyvson explicou como deve agir um grupo ligado a AJS, através dos princípios norteadores. A realidade que buscamos é difícil, mas não é impossível. Mostrar aos jovens a verdadeira espiritualidade salesiana é a missão de cada grupo. Hoje, não se pode deixar que jovens que vivem dentro da AJS não saibam nem ao menos o que ela é, ou não conheçam seus objetivos.

À noite, chegou a hora de todos conhecerem os “dinossauros da AJS”. Pessoas que um dia se doaram muito para que a chama da AJS não se apagasse, são eles: Telma e Tiago Maranhão (hoje casados), Dayana de Moras, Aldo José, Ângelo Gutemberg (ex-irmão salesiano), Paulo Valfredo, Geraldino José, Kleber e Helena Loiza (hoje também casados) e Jackeline (responsável pela comunicação). Eles que foram os pilares da AJS, falaram como tudo começou e deram seus testemunhos de vida em relação a tudo o que viveram nessa maravilhosa Articulação. Após as apresentações dos “dinossauros”, a noite continuou com músicas, animação de todos e uma bela surpresa para Walquíria do Vasco da Gama, a aniversariante do dia.

O dia seguinte iniciou-se com mais uma celebração, em seguida foi abordado o tema: a caminhada 2012 da AJS. O Delegado mostrou os eventos que já aconteceram como, por exemplo, o “Santidade é Alegria” no carnaval de Recife, e divulgou os que ainda vão acontecer como: Romarias, Encontrões,Vigílias Jovens e Festival da Juventude Salesiana. Falou também sobre a JMJ e como os salesianos iram participar.

Durante o encontro do Conselho, um outro encontro estava acontecendo no mesmo local, também com jovens de várias casas salesianas, o assunto era Novas Lideranças, visando jovens que futuramente levarão esse “barco” da AJS a frente, na esperança que eles sejam liderança hoje e “dinossauros” amanhã.

Chegando ao final, Kleber Pereira e Valquizia foram eleitos para representarem a AJS em reuniões que acontecem a cada dois meses.

Finalizando os dois encontros, tivemos uma bela oração final. E em seguida, voltamos todos para casa, agora mais do que nunca com uma grande missão: formar e mostrar como verdadeiramente vive um grupo da Articulação da Juventude Salesiana, para que em novembro, no Festival, os jovens que forem, saibam por que eles estão ali e, dessa forma, possam viver, conscientemente, esse grande encontro.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Carta do Reitor-Mor ao Movimento Juvenil Salesiano (AJS) - 2012

"Jovens sonhadores, filhos de um pai sonhador"
Mensagem aos Jovens do MJS (AJS) 2012
     
Meus amados filhos, 
Jovens caríssimos do Movimento Juvenil Salesiano
(Articulação da Juventude Salesiana),
escrevo-lhes, como pai e amigo, por meio do meu nono Sucessor.

Tenho ainda impresso na mente e no coração o encontro que tive com vocês em Madri, no dia 17 de agosto, no grande pátio do Instituto Salesiano de Atocha. Uma experiência certamente inesquecível do ponto de vista emotivo, mas principalmente muito significativa do ponto de vista salesiano. Alegrei-me ao ver o seu senso de responsabilidade, o seu orgulho de serem jovens empenhados em viver a própria fé. Admirei o seu desejo de investir bem a própria vida, segundo o projeto de Deus e o sonho que conservam no coração. Comovi-me ao vê-los rezar, acolhendo a Palavra com alegria. Foi um encanto vê-los imersos no silêncio adorante de Jesus Eucaristia. À luz de tudo isso, a alegria de vocês pareceu-me ainda mais bela, mais pura, mais contagiante. Alegrei-me, depois, ao ver entre vocês, com tantos jovens animadores, muitos Salesianos e Filhas de Maria Auxiliadora. Entre eles, vários Inspetores, delegados e delegadas de Pastoral Juvenil. É aí o lugar deles! Presentes e atentos à vida de vocês, aos seus desejos e ao mesmo tempo fiéis acompanhadores do crescimento de vocês e da sua caminhada espiritual.

Estou feliz, também, por saber que estão preparando uma grande festa para 2015. Aqui em cima, no céu, contemplando o rosto de Jesus, conhecemos toda a história que se desenrola na terra. É uma história belíssima porque redimida; entretanto, às vezes, vocês só conseguem ver a história em seus aspectos mais difíceis. Diversamente de quanto talvez pensem, não há distâncias entre nós e vocês, pois bem sabem que, desde o momento em que Jesus entrou na história com o seu Natal, não há nascimento humano que não seja sagrado, não há rosto de criança que não traga impressa nos olhos a Luz resplandecente do Redentor. Essa proximidade torna mais autêntica e eficaz a minha presença entre vocês, real como nos tempos do Oratório de Valdocco em Turim, com a vantagem a mais de poder viver em todas as presenças salesianas espalhadas em 130 países do mundo.

Falo-lhes, pois, como naquela época, com o ardor da linguagem do coração, mais do que com os argumentos lógicos e abstratos, embora reconheça o quanto são importantes na atual confusão e fragilidade do pensamento a clareza das ideias e a solidez das convicções. São muitas as mensagens e mensagenzinhas que vocês recebem, mas eu gostaria que reativassem comigo os canais de uma comunicação intensa, aquela que corre entre amigos inseparáveis de longa data, uma comunicação que é partilha e diálogo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma de 2012

"Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos
ao amor e às boas obras" (Heb 10, 24)


Irmãos e irmãs!


A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da » (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.

O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

Estreia 2012 - História